quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia de finados a luz da bíblia






“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. 

Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol…
 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria algumaEc 9:5,6, 10.

“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo“ (Hebreus 9. 27).

 Fica claro neste texto que a morte sela todas as oportunidades dadas às pessoas.
 Não há como interferir na vida pós-morte.
 A bíblia ensina  que o fato de toda e qualquer decisão por Cristo só pode ser tomada em vida, o que, por conseguinte, nos leva a entender de que não existe fundamento teológico para interceder a favor dos mortos.

 Orações pelos mortos são inúteis.



 Bíblia nos diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua fé na graça salvadora que há em Cristo Jesus e que esta fé seja declarada durante sua vida na terra (Hebreus 7.24-27; Atos 4.12; 1 João 1.7-10) e que, após sua morte, a pessoa passa diretamente pelo juízo (Hebreus 9.27) e que vivos e mortos não podem comunicar-se de maneira alguma (Lucas 16.10-31).





Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. 
Lucas 16:19-31



Em meu artigo anterior, intitulado: Me deixa chorar? Os lutos que a sociedade invalida, falei sobre os lutos que a sociedade não nos permite vivenciar. Nele, li comentários de pessoas relatando não saber como agir perante a pessoa enlutada. Por este motivo, nesse artigo falo sobre qual a melhor maneira de agir nesta situação.
É comum as pessoas terem dúvidas de como agir perante o enlutado e sentirem-se desconfortáveis nesta situação. E embora a maioria das pessoas acreditem que precisam falar algo para confortar o enlutado, isso não é verdade. Muitas vezes as pessoas acabam falando justamente o que a pessoa que perde um ente querido, não quer ouvir.
Falar frases do tipo: “Deus quis assim”, “está descansando”, “era a hora dele(a)”, “está em um lugar melhor”, não confortam em nada, muito pelo contrário, na maioria dos casos acabam sendo frases inconvenientes, desnecessárias e desagradáveis. É importante se colocar no lugar da pessoa enlutada, e nos perguntarmos: “se eu estivesse no lugar desta pessoa, como eu gostaria que as pessoas agissem comigo?”.
Saiba que você não precisa dizer nada, pois esta é uma situação na vida das pessoas em que absolutamente nada que possa ser dito, é capaz de trazer conforto. O melhor nestes casos é se fazer presente para apoiar o enlutado, oferecer um abraço ou um ombro para que a pessoa possa chorar e expressar a sua dor.
Dizer para a pessoa não chorar também não ajuda em nada, e até prejudica, pois é necessário que o enlutado expresse a sua dor e o seu luto, e tentar conter as demonstrações de sofrimento da pessoa enluta, apenas vai prejudicar. Acontece bastante, de o enlutado querer falar sobre a pessoa que faleceu, deixe-o se expressar, não tente impedi-lo de falar por medo que isso irá causar mais sofrimento, pois, como já falado, expressar o luto é fundamental.
Caso a pessoa tenha atitudes que podem ser consideradas estremas, como um choro convulso e desesperado, não tende conter o enlutado. Embora exista uma crença de que a pessoa está sendo forte quando não chora, ou chora de forma contida, na verdade não é saudável para a superação do luto, que a pessoa se contenha, ela deve se expressar, “colocar para fora” o sofrimento.
É importante saber também, que não se deve apressar o enlutado a “superar” o luto, pois não existe um tempo determinado para isso, e a única forma de “superar” o luto, é vivenciando-o. Por este motivo, é imprescindível que o enlutado vivencie e expresse o seu luto.
“O tempo do luto não pode ser precisado, podendo durar meses ou anos. O processo de luto é vivenciado pelas pessoas de forma individual, o que torna inadequado estipular um prazo para o seu término” (Santos e Sales, 2011).


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